Quem somos

O Antar Laboratório de Prótese Dentária lhe oferece as boas vindas. Um laboratório idealizado por Silvana Antar protética desde 1990, graduada no Colégio Flamingo em São Paulo. Atuou como estagiária, em seguida contratada por 4 anos no laboratório de prótese Luiz Kiyan. Retornando a Salvador fundou seu próprio laboratório em casa e atualmente instalado no Centro Médico da Graça em Salvador, Bahia. TPD 394/Ba Fonte de pesquisa:

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Cimentação

Cimentação provisória
Os cimentos provisórios são importantes durante as várias etapas de confecção de uma restauração indireta. Sem um agente com as propriedades dos cimentos provisórios não conseguiríamos realizar tantas etapas removendo e recimentando as restaurações provisórias.
Estes cimentos apresentam uma peculiaridade importante, são resistentes às forças de compressão que são características das forças mastigatórias funcionais, no entanto, apresentam baixa resistência a forças de tração. Dessa forma podemos removelos durante as sessões de ajuste da provisória, moldagem e ajuste da restauração indireta.
Os cimentos provisórios são capazes de provocar inflamação gengival principalmente quando ficam alojados no interior do sulco gengival. Os restos de cimento geralmente são direcionados para o interior do sulco gengival e na maioria das vezes passam desapercebidos ao exame menos atento do operador.
A presença do cimento só é percebida na sessão seguinte onde muitas vezes constatamos que é responsável pela inflamação da gengiva na região. Esta inflamação pode em algumas situações impedir a moldagem devido ao grande afluxo de exsudato inflamatório.
Para prevenirmos esta situação devemos tomar algumas precauções durante a cimentação da provisória. O primeiro procedimento deve ser a lubrificação da região cervical da provisória com vaselina sólida. Este procedimento dificulta a fixação do cimento nas margens facilitando a sua remoção. No entanto, somente com um exame minucioso do interior do sulco gengival após a cimentação é que teremos a certeza de que foi removido todo o cimento do interior do sulco gengival.
Cimentação de óxido de zinco e eugenol
O cimento de óxido de zinco e eugenol é um dos cimentos temporários mais utilizados. Apresenta um custo baixo e facilidade de manipulação. Outra característica é sua facilidade de limpeza das superfícies internas da provisória. Este aspecto pode ser importante pois geralmente a provisória foi reembasada e a região cervical apresenta uma união mais frágil, é comum que este reembasamento se desloque quando estamos removendo os restos de cimento do interior da provisória. Estes deslocamentos são mais comuns quando o cimento utilizado é mais resistente e exige maior esforço para remoção.
No entanto, o óxido de zinco e eugenol é contra-indicado em restaurações indiretas que forem cimentadas com cimentos resinosos devido a presença do eugenol que mesmo em quantidades residuais pode interferir na formação da camada híbrida entre o adesivo e o dente. Nestas situações devemos utilizar o óxido de zinco modificado que não apresenta eugenol na sua composição.
Cimentos permanentes
A cimentação de uma restauração indireta depende muito do tipo de cimento escolhido. Dessa forma, um planejamento adequado desde o início do tratamento pode evitar resultados que colocam a perder todo o trabalho realizado até aquele momento.
Fosfato de zinco
A origem do cimento de fosfato de zinco data de meados de 1850 e é um dos cimentos mais antigos que ainda são encontrados no mercado. A sua fórmula mantém-se inalterada desde que em 1878 teve sua composição melhorada. No entanto, ainda é um cimento que apresenta grande dissolução no meio bucal e alta irritabilidade devido a sua acidez.
Apesar destas características indesejáveis ainda é um dos cimentos mais utilizados pricipalmente em função da previsibilidade alcançada pela experiência clínica obtida na sua utilização.
O fosfato de zinco é um dos cimentos mais avaliados clinicamente entre todos os tipos de cimento. Este fato faz dele um dos mais seguros usados na odontologia.
A composição do cimento de fosfato de zinco deve ser analisada para o pó e para o líquido:

- óxido de zinco (90%)
- óxido de magnésio (8,3%)
- bismuto (0,1%)
- sílica (1,5%)
Líquido
- ácido fosfórico
- água de alúmina
- e em algumas composições apresenta óxido de zinco
Os componentes do pó são sinterizados a uma temperatura de 1.000 a 1.400 graus centígrados e formam um bloco que posteriormente é desgastado até virar um pó fino. O tamanho destas partículas é controlado pois interferem com a velocidade de presa do cimento.
A reação de presa do cimento ocorre pela mistura entre o pó e o líquido. O ácido fosfórico age na superfície das partículas do pó, liberando ions de zinco. O alumínio reage com o zinco produzindo um gel de fosfato de alumínio e zinco sobre a superfície da porção remanescente das partículas. Após a presa o cimento forma uma estrutura composta por zinco que não sofreu reação, envolvidas por uma matriz amorfa e coesiva de aluminofosfato de zinco.
Cimentação resinosa
O cimento resinoso tem por base o desenvolvimento dos sistemas adesivos e é um dos cimentos com maior variedade de cores, tipos de adesivos e tipo de ativador da polimerização.
Os cimentos resinosos podem ser diferenciados pelo tipo de ativação da polimerização utilizada pelo fabricante.

Basicamente encontramos três tipos de cimento:
- cimento resinoso ativado químicamente
- cimento resinoso fotoativado
- cimento resinoso de ativação dual
Cimento de Ionômero de Vidro
O cimento de ionômero de vidro foi desenvolvido por Wilson & Kent, em 1969, e foi relatado no meio científico no ano de 1971.
O cimento de ionômero de vidro foi obtido a partir do cimento de silicato muito utilizado naqueles tempos em pequenas restaurações em dentes anteriores. Introduzindo o ácido poliacrílico no lugar do ácido fosfórico, foi possível obter um material restaurador que tem a vantagem de agregar as características favoráveis do pó do cimento de silicato e melhores propriedades mecânicas obtidas com a reação ao ácido poliacrílico.
O cimento de ionômero de vidro é classificado em três grupos: Tipo I usado para cimentação de restaurações indiretas; Tipo II utilizado para restaurações diretas; e o Tipo III usado para forramento ou base de restaurações.
Composição: segungo Phillips (1986) o cimento de ionômero de vidro é composto por um pó cujo principal componente é um vidro de silicato alumínico. O líquido é formado por uma solução aquosa de um copolímero do ácido poliacrílico e outros ácidos orgânicos que determinam menor viscosidade, característica importante principalmente para os agentes de cimentação.
A manipulação apresenta características próprias. O pó deve ser adicionado ao líquido em grandes porções e misturados rapidamente durante 45 segs.
O cimento de ionômero talvez seja o cimento que apresenta a técnica mais fácil de executar entre os cimentos encontrados no mercado.
Outro fator importante que influencia na escolha deste cimento é a possibilidade de liberação de fluor. Infelizmente faltam elementos que comprovem de forma inquestionável esta afirmação.
Uma característica que compromete o seu uso é contaminação pela saliva, que quando não controlada adequadamente pode comprometer o resultado final do trabalho.
A sua utilização portanto, deve ser realizada em situação clínicas selecionadas. Devemos evitar casos onde não possamos garantir a ausência de líquidos que possam contaminar este cimento.

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